domingo, 3 de abril de 2011

Já não sei bem aonde vou

Acordei com essa música martelando na minha cabeça: 
É claro que a sonoridade e beleza das vozes de Ana Carolina e Maria Gadú encantam por si só. Mas, a letra também diz algo mais, além do usual ramerrão que marca a ruptura das relações amorosas. 

“Já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou”.

Quando o destino parece incerto, hesitamos em ir. Imagine prosseguir sem se saber para onde. Difícil?!

Acho que é isso: a vida é breve para ficarmos à espera de que algo fantástico aconteça e afaste sensações desagradáveis. Perda de tempo (e de vida) ficar de braços cruzados esperando pelo sobrenatural. 

Entendo que há uma indefinição sobre o caminho, mas, mesmo assim, é preciso prosseguir. Pior é optar pela inércia.

Preparados para prosseguir, é hora de organizar a bagagem. Abrir-se para a vida e para as surpresas que ela nos reserva, carregando consigo apenas a convicção de que alguns lugares não serão revisitados.

Sim, é preciso prosseguir. Sem saber exatamente o que se quer, nem aonde chegar. Importa seguir adiante. Basta apenas a convicção do que NÃO se quer experimentar na nova estrada. Cada passo, sem dúvida, é uma chegada.